sábado, 5 de junho de 2010

Ataque Sionista


Os últimos acontecimentos na geopolítica mundial nos alerta para o perigo de uma exaltação ao Sionismo. Sionismo: Movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado Judaico. É sempre muito delicado quando se fala sobre os judeus e o Estado de Israel, muito provavelmente o rótulo de anti - semita e até mesmo de Nazista assombrará quem ousar a proferir criticas ao povo do Monte Sião. É evidente que os acontecimentos da 2a Guerra Mundial no qual consta que a Alemanha Nazista de Hitler massacrou milhões de judeus em campos de concentração, respaldam e os qualificam a argumentarem a legitimidade da ocupação da “ terra prometida”, reavivando a ideia da Diáspora judaica dos tempos remotos 586 A.C quando os judeus foram expulsos pelo império babilônico, disseminando-se assim um grande número de judeus pelo mundo. Em 1948 a recém criada ONU (Organização das Nações Unidas) mediante a assembléia geral aprovou a criação do Estado Judaico de Israel, em território Palestino. A Palestina de 1948 encontra-se hoje dividida em três partes: uma parte integra o Estado de Israel; duas outras (a Faixa de Gaza e a Cisjordânia), de maioria árabe-Palestina. Criou-se assim um conflito geopolítico permanente no século XX e XXI, passando por diversas guerras e conflitos como da Independência israelense, na qual os sionistas venceram o poderio Árabe e mantiveram as forças e construção do Estado de Israel em 1948. A guerra dos seis dias foi outro acontecimento que marcou a conflituosa e conturbada região do Oriente médio, quando os Egípcios sob o comando de Gamal Abdel Nasser pretendiam “expulsar os judeus para o mar”, porém com a aliança Inglesa e Francesa os Israelenses triunfaram sobro os egípcios e anexaram aos seu território o planalto de Golan que até então pertencia a Síria, Jerusalém Oriental cidade sagrada para ( Árabes, Judeus e Cristãos) o Deserto do Sinai e a faixa de Gaza pertencentes ao Egito. As duas guerras citadas acima foram acontecimentos que marcaram e até hoje refletem no barril de pólvora que se transformou o berço da civilização humana, outros conflitos aconteceram e novos líderes surgiram no decorer do século XX como as intifadas palestinas ( 1986 e 2000) revoltas populares com paus e pedras contra o Estado e os soldados israelenses e o líder da Autoridade Palestina Yasser Arafat, que morreu em 2004 como martir dos Árabes Palestinos. Tentativas de acordos de paz forma ensaiadas por diversas vezes entre Judeus e Árabes, sempre mediadas pelos EUA. Em 1993 na cidade de Oslo ( Noruega) o governo de Israel e o Presidente da OLP ( Organização para a libertação da Palestina), Yasser Arafat mediados pelo presidente dos Estados Unidos da América, Bill Clinton assinaram acordos que se comprometiam a unir esforços para a realização da paz entre os dois povos. Todo esse breve resgate histórico se faz necessário para entendermos o ataque israelense a flotilha de bandeira turca que tentava chegar até Gaza para levar ajuda Humanitária ao flagelado povo palestino, que sofre a mais de quatro anos com o bloqueio imposto por Israel que por sua vez justifica o bloqueio como forma de não fortalecer bélicamente o grupo islâmico Hamas. O brutal ataque a embarcação turca em águas internacionais no qual nove ativistas turcos foram assassinados gerou grande revolta pelo mundo, muitos países condenaram veementemente o ataque imposto pelos israelenses entre eles o Brasil. Por falar em Brasil, que recentemente intermediou junto com a Turquia um acordo internacional com o Irã muito criticado pelas potências ocidentais, e não foi bem aceito pelo Conselho de Segurança da ONU composto por EUA, França, Alemanha, Rússia e China). O acordo prevê troca de combustíveis nucleares sendo que o Irã enviará 1,2 tonelada de urânio com baixo grau de enriquecimento (3,5%) para a Turquia em troca de 120 kg de combustível enriquecido a 20%.A troca deverá ter o acompanhamento da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, órgão da própria ONU). O grande receio é que o Governo de Mahmoud Ahmadinejad possa enriquecer Urânio a 90 % e produza em seus domínios territoriais a temida bomba atômica. O EUA é o grande critico desse acordo que foi uma tentativa do Brasil e da Turquia de amenizar as constantes acusações entre o governo de Washington e de Teerã sobre o programa nuclear Iraniano. O que o acordo entre Brasil, Turquia e Irã tem a ver com o ataque israelense a flotilha turca que navegava até Gaza com ajuda humanitária?. Além da proximidade Geográfica entre Irã e Israel no conturbado Oriente Médio e a proximidade dos fatos nos fazem a remeter a um comparativo a esses dois acontecimentos geopolíticos e de como eles foram tratados pelas potências mundiais. Vejamos: O acordo nuclear entre Brasil, Turquia e Irã, foi visto com ressalvas pelo Conselho de Segurança da ONU e criticado pelos EUA, obviamente que o Brasil não participou gratuitamente desse apoio, não é de hoje que o Brasil se esforça diplomaticamente para conquistar uma cadeira no conselho de Segurança da ONU, o governo Lula surpreendeu a todos quando colocou o Brasil como protagonista em um acordo de paz mundial, ponto para o Brasil. O que diferencia esses dois fatos é que eles foram vistos e classificados de maneiras diferentes, o ataque israelense foi classificado como incidente pelos Norte Americanos e o conselho de Segurança da ONU pediu uma investigação imparcial e não condenou a barbaria israelense. Os dois fatos se assemelham pela divergência de posições entre os líderes mundiais, a grande proximidade entre Israel e as potências ocidentais fez com que Israel se legitimasse com o ataque, gerando criticas veladas por parte das potências e da própria ONU, deixando claro que no tabuleiro do mapa mundi as forças hegemônicas estão bem estabelecidas e a partir de um simulacro regem o mundo promovendo conflitos onde haja interesses políticos e econômicos, seguindo essa cartilha ocidental judaico cristã devemos temer pelo eixo do mal.