segunda-feira, 21 de maio de 2012

O desrespeito com os artistas na Virada Cultural Paulista em Piracicaba



Material de divulgação da Virada Cultural Paulista-2012
A Virada Cultural Paulista é um evento que visa integrar a cultura em diversos tipos de manifestações artísticas como música, teatro, danças, exposições. O evento fomentado pelo Governo do Estado de São Paulo se espalha por diversas cidades do interior, no qual cada cidade tem a sua programação. Esse ano Piracicaba teve uma programação bem elaborada, com artistas consagrados da música popular brasileira com Simoninha e Max de Castro, Daniel Gonzaga, Marcelo Jeneci, Banda Glória e Mart´nália. 
Paralelo as "principais atrações", o palco 2 do Engenho Central, trazia os "filhos da terra", artistas consagrados de Piracicaba que  elevam o nome da cidade na região e no Brasil, tais como Julia Simões, Mazzaropi Contra o Crime, Banda Rio Grande, Juca Ferreira entre outros artistas que contribuíram para o acontecimento do evento.
Porém não contávamos com a falta de organização de um evento  "tão bem organizado".  Atrasos são toleráveis, falta de bom senso não. - No domingo 20/05 ocorreu atrasos nas apresentações musicais, prejudicando o horário das apresentações seguintes. A atitude tomada pelos organizadores para tentar solucionar o problema diminuiu o tempo da apresentação do palco 2 em beneficio das apresentações do palco 1.Tal atitude chegou ao extremo do desrespeito no ultimo show do palco 2 no qual apresentava-se o sambista Juca Ferreira, que estava marcado para as 17:30h e começou com mais de uma hora de atraso. O artista entrou no palco cantou menos de 10 minutos, quando de maneira abrupta e desrespeitosa o produtor invadiu o palco e pediu para parar o show com a alegação de que o show da Mart'nália estava para começar.  Em protesto o artista questionou a falta de respeito, de bom senso e a maneira autoritária desligaram o seu microfone, gerando indignação ao público presente.
Juca Ferreira- Sambista Piracicabano.
A virada Cultural Paulista de Piracicaba em 2012 nos deixou lições: Respeitar e valorizar o que é patrimônio cultural nosso.  Ano que vem, para que não ocorra esse tipo de indisposição a secretaria da ação cultural pode ser um pouco mais inteligente e pensar em logística mais adequada como colocar palco 1 e 2 em lugares opostos, afinal o Engenho Central é bem espaçoso.
Para finalizar outro ponto a ser questionado é o aproveitamento ilegal de um evento público para a venda de bebidas alcoólicas pelas barracas da festa das nações.  Além de preço elevado os produtos eram de apenas um fornecedor beneficiando o patrocinador de cerveja da Festa das nações e não da Virada Cultural, deixando o público sem opção de escolha, já que era proibido o ingresso de bebidas no evento público, ou seja, houve aproveitamento de um evento em proposição a outro. O que nos resta é lamentar e torcer para que ano que vem a secretaria da ação cultural tenha respeito com os nossos artistas.