quinta-feira, 1 de abril de 2010

Truculência contra os professores





Mais uma vez constatamos o desprezo e o desrespeito do governo do Estado de São Paulo com os professores. A categoria está em greve desde o dia 5 de março e na pauta de reivindicações existem diversos itens que precisam ser negociados para o melhor funcionamento da já falida escola pública, tais como respeito à data base do professor, que é institucional e não é respeitado, reajuste salarial para que o professor possa repor as suas perdas salariais, melhores condições de trabalho, salas com um número reduzido de alunos, incorporação das gratificações ao salário inclusive para aos aposentados, abertura de concurso público, entre outros pontos para que amenize os problemas estruturais do sucateado ensino público. Diante disso os professores tentam dialogar com o governo de SP que é representado nas figuras do Governador José Serra e do seu secretário de Educação Paulo Renato que não aceitam negociar, diversas assembleias dos professores foram realizadas na capital paulista, a última delas no dia 26 de março em frente ao Estádio do Morumbi nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, o Governo resolveu mostrar as suas armas contra os professores. Em passeata os professores rumaram ao palácio dos Bandeirantes, cerca de 10 mil professores se depararam com um exército de policiais, estava montado o palco de guerra, o helicóptero da polícia dava rasantes em cima dos professores, barreiras de policiais com escudos e armas preparados para massacrar uma classe que pede um pouco de dignidade, e o resultado desse caldeirão em ebulição foi um grande número de feridos, a ordem veio do palácio, reprimam, pois não haverá negociações enquanto a greve não cessar, e a sangria estava feita, bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e cassetetes em uma ofensiva brutal, fomos tratados como marginais ficando evidente assim o tratamento dado pelo governo do Estado aos professores. Sabemos que muitos policiais militares concordam com a luta dos professores, sendo que a maioria deles possui filhos nas escolas públicas, porém por uma questão hierárquica obedeceram as ordens e agrediram sem piedade, é importante ressaltar que o mesmo governador que hoje manda agredir professores foi alfabetizado por professores, o secretário da Educação Paulo Renato aprendeu a somar e subtrair com professores, você leitor que está lendo esse texto aprendeu a ler com o acompanhamento dos professores.
Nós professores estamos cansados e resolvemos dar um basta na calamidade em que se encontra a Escola pública, esperamos que o governos sinalize uma negociação pois o que nós mais queremos é dar aulas com dignidade.

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