terça-feira, 16 de abril de 2013

Redução da maioridade penal


A melhor solução?
Sempre quando ocorre um crime de grandes proporções cometido por um menor a discussão sobre a redução da maioridade penal vem à tona. 
Geralmente esses crimes são de extrema violência, chocam o país e são noticiados por semanas pela imprensa, que mostram passeatas pela paz, justiça, acompanhados por reivindicações da redução da maioridade penal.

Infelizmente esse é um tema de abordagem complexa, passional, pois envolve violência e sede de justiça. Quando o emocional toma conta da discussão, o cerne da questão deixa de ser debatido e medidas de impacto e repressão são lançadas como respostas rápidas aos crimes cometidos pelos menores.

Esse tipo de medida é paliativa e não resolve o problema da violência que está enraizada na sociedade brasileira desde o tempo da colonização, tendo em vista que nosso país foi uma colônia de exploração, concentradora de terras e renda, reprodutora de desigualdades sociais.


Bandeiras como essa são sedutoras e nos dão a falsa sensação de que o problema será resolvido, quando na verdade o contrário torna-se verdadeiro. Não é difícil encontrar defensores com palavras de ordem em favor da redução gritando aos quatro ventos – Esses menores tem mais que ir para cadeia, ou então, - Quem defende esses marginais nunca sofreu na mão deles. Discursos como esses refletem a cegueira motivada pela raiva e comoção provocadas pela violência bloqueando o entendimento de que o problema é muito maior do que a redução da idade penal.

Tal proposta não amenizaria o problema, tendo em vista que o sistema penitenciário brasileiro não funciona de acordo com a sua função de ressocialização, ao contrário disso, é um sistema que contribui com a violência, por suas péssimas condições e o domínio do crime organizado. Portanto, não seria uma solução correta amontoar menores nos já superlotados presídios.  

Mas afinal, o que fazer? Deixa-los impune? Cometendo barbáries e afrontando a sociedade? A resposta é não, mas é preciso se atentar que não se resolve um problema estrutural do dia para a noite. As políticas públicas precisam ser mais bem elaboradas e quando aplicadas necessitam ser geridas corretamente, para que não ocorra o desperdício de dinheiro público e corrupção.

Mas isso ainda não resolve o problema. Não, não resolve, existem questões fundamentais a serem trabalhadas para diminuir o impacto da violência, como o investimento massivo em educação básica e de qualidade, corrigindo erros históricos que levaram o ensino público ao caos, como a progressão continuada que reproduz anualmente fornadas de analfabetos funcionais contribuindo com a desigualdade social e aumentando a escala de violência.

Desigualdade social
Os que levantam a bandeira da redução não compreendem o problema da distribuição de renda no país, altamente concentrada e principal provedora da violência, desigualdade e miséria. A degradação da condição dos mais pobres é visível nas cidades, potencializado pelo Crack, droga utilizada como válvula de escape dessa juventude marginalizada, produto do próprio sistema.

Soluções devem ser encontradas, mas o primeiro passo é promover dignidade para as gerações de jovens que estão por vir, criar condições verdadeiras para que os erros do passado e do presente não sejam reproduzidos no futuro. Reduzir a maioridade penal é jogar a sujeira para debaixo do tapete.



segunda-feira, 15 de abril de 2013

A vitória da integração latino americana

Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez

Pouco mais de um mês após a morte do presidente Hugo Chávez, em decorrência de um câncer, a Venezuela foi às urnas para eleger o seu sucessor. A disputa foi polarizada entre dois candidatos, o Chavista Nicolás Maduro e o oposicionista neoliberal Henrique Capriles.


A vitória de Maduro provou que o apelo popular deixado por Chávez referenciado pelas mudanças promovidas por ele ao longo dos seus 14 anos de mandato como presidente deram resultados.

Chávez trouxe novas significações no campo político, social e econômico a Venezuela, ganhando popularidade e notoriedade com suas ações para a população mais pobre. Em 1999, foi eleito democraticamente para ser presidente e neste mesmo ano convocou um plebiscito para criar uma nova constituição. Com o parlamento elaborou a constituição Bolivariana da Venezuela, baseado nos princípios revolucionários de Simón Bolívar, que lutou pela libertação da América então dominada pelos Espanhóis.
Constituição Bolivariana 

A nova constituição deu mais poderes para Chávez promover as mudanças contra a estrutura neoliberal arraigada por diversos governos ligados à classe dominante venezuelana, quebrando uma estrutura política e econômica que privilegiava os grandes latifundiários e empresários do petróleo.

Em 2002 a oposição neoliberal, apoiada pelos EUA promoveu um golpe de Estado que durou três dias, as manifestações populares e a lealdade de alguns militares a Chávez o trouxeram de volta a presidência. A tentativa de golpe poder ser vista no documentário do diretor Kim Bartley e Donnacha O´briain A revolução não será televisionada.



Chávez, no campo internacional polemizou por diversas vezes com os EUA como na conferência das Nações Unidas em 2007 no qual chamou o então presidente Americano George W. Bush de diabo e em 2008 expulsou o embaixador americano Patrick Duddy. As suas ações políticas e econômicas seguiram no sentido da soberania e integração da Venezuela na América Latina, expropriando todas as empresas petrolíferas e promovendo ampla reforma nos meios de comunicação como a criação da Telesur, televisão estatal de notícias e conteúdos culturais voltadas para a América Latina.  http://www.telesurtv.net/

A sua forte ligação com os governos de cunho socialista como da Bolívia (Evo Morales) e Cuba (Raul Castro) e as boas relações com países com governos progressistas como Brasil (Lula e Dilma), Argentina (Nestor e Cristina Kirchner),Uruguai (Pepe Mujica) e Equador (Rafael Correa) deu início a uma integração nunca experimentada na América latina, o país passou a integrar o MERCOSUL e novos acordos unilaterais, bilaterais e multilaterais foram realizados amadurecendo as relações entre os países latinos como o gasoduto do Sul que ligará a Venezuela até Argentina cruzando o Brasil, além de engavetar a ALCA (Área de livre comércio das Américas) projeto neoliberal idealizado pelos EUA e criação da UNASUL (União das Nações Sul-Americanas) em 2008.

Hugo Chávez foi amado por seu povo e odiado pelos seus opositores por conta de sua popularidade e principalmente por promover uma revolução em pleno século XXI, possibilitando uma alternativa ao modelo neoliberal, desigual e hegemônico das grandes potências mundiais coordenado pelos EUA.

Nicolás Maduro carregará em seu governo um novo conceito geopolítico, o Chavismo, e a partir de agora tem a difícil responsabilidade em dar curso à revolução bolivariana proposta por Hugo Chávez. A eleição de Maduro foi à vitória da integração latino americana.


domingo, 14 de abril de 2013

Uma nova janela se abre para o mundo cervejeiro no Brasil



A qualidade nas mercadorias é a materialização de uma vontade no qual os consumidores almejam atingir um bem estar, escolha, confiança e satisfação nos produtos. Com a cerveja não é diferente, nos últimos anos com a consolidação da economia brasileira, promoveu-se um acesso maior a cervejas mais elaboradas do que as costumeiras. Esse acesso fez com que uma gama de cervejas internacionais chegasse ao mercado brasileiro com marcas antes limitadas pela dificuldade do processo de importação tais como taxações alfandegárias, barreiras fitossanitárias que sempre foram um entrave para a entrada desses produtos no país, gerando um alto custo ao consumidor final.

Variedade de cervejas especiais
A entrada de novos tipos de cervejas no Brasil, mesmo que gradual fez com que o padrão de consumo da bebida no país ganhasse em qualidade e variedade. Atualmente, passeando pelas gôndolas dos hipermercados é possível encontrar diversas marcar de cervejas oriundas de países com tradições seculares em cervejas, como Alemanha, Bélgica, Holanda, República Tcheca, Irlanda, entre outros. Esse movimento fez com que o mercado nacional de cerveja se mobilizasse, surgindo pelo país milhares de micro cervejarias artesanais.
Com a inserção desses novos rótulos de cervejas, o brasileiro passou a experimentar uma variedade maior de tipos de cervejas, como as do tipo ALE que são fermentadas em alta temperatura (18-24 graus Celsius) mais fortes e encorpadas, com matérias-primas selecionadas e sem a adição de cereais não maltados como arroz e milho. O consumidor está aos poucos ficando mais exigente e compreendendo melhor o processo de produção da cerveja, promovendo harmonização com alimentos, colocando em xeque o padrão atual de cerveja brasileiro.
O tipo de cerveja mais consumido no Brasil é a PALE LAGER do sub-tipo AMERICAN STANDARD LAGER, são claras e refrescantes, fermentadas a baixa temperatura (9-15 graus Celsius). Esse tipo de cerveja é muito consumido pelo fato do país ter um clima quente. Mas e a Pilsen?  É comum ver nos rótulos das cervejas mais vendidas como Brahma, Skol, Itaipava a denominação tipo PILSEN, essa classificação é incorreta, pilsen é um sub-tipo do tipo pale lager ,criado na República Tcheca na cidade de Plzen (Pilsen em Português, possui um aroma mais amargo por ter maior adição de lúpulo.
Ein Prosit, der gemütlichkeit (Brinde em alemão)
Nos últimos anos houve um crescimento significativo por cervejas diferenciadas do padrão brasileiro standard lager. Novos tipos e sabores vêm aos poucos criando uma nova mentalidade para os consumidores, modificando a concepção de bebedor voraz para apreciador e degustador desse liquido milenar, aquela ideia de beber em grande quantidade para refrescar e se embriagar está perdendo espaço para um consumo mais consciente e da qualidade sem moderação.
Sejamos todos bem vindos a um novo mundo cervejeiro. Saúde!!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A Bronca da "Dra." do SAMU de Piracicaba - SP


Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.  

Por volta do meio dia (31/05), depois de voltar do trabalho, o interfone de casa toca, era o entregador de gás. Com o botijão nas costas e cara de assustado me disse para ligar para o SAMU, pois havia um homem desacordado e ensanguentado na beira do rio. Acelerei o passo, apanhei o telefone e liguei para o 192. Enquanto caminhava até o sujeito explicava a situação para o atendente que anotou o endereço e transferiu a ligação para a médica, que me fez algumas perguntas sobre o estado do homem, relatei que estava desacordado, ofegante e com a boca sangrando, semelhante a um processo convulsivo, a doutora disse que a ambulância estava a caminho. Pacientemente o bom samaritano esperou por 10 minutos a chegada da ambulância observando o cidadão que suava muito e continuava desacordado. Nesse intervalo de espera ele acordou, troquei algumas palavras com o indivíduo que estava muito desorientado e assim ele se sentou. Quando a ambulância chegou fui ao meio da rua indicar onde estava o enfermo, o motorista deu a volta e entrou na estradinha de terra que beira o rio. Fui surpreendido pela médica e enfermeira que desceram me dando uma bronca homérica e eu sem entender fui ouvindo palavras que não imaginaria escutar em uma situação daquela. A médica ao ver o sujeito sentado e sem sequer atende-lo disse que eu tinha que prestar atenção ao chamar o serviço médico, porque alguém poderia naquele momento estar precisando daquela UTI móvel, que era a única da cidade e situações como essa era para chamar o serviço básico do próprio SAMU. Respondi para ela que não imaginaria o transtorno que eu havia causado, por ter chamado o serviço simplesmente porque me deparei com um sujeito desacordo, com a boca sangrando, alias não sou nenhum residente em medicina para diagnosticar a gravidade ou não de um sujeito estrebuchando no chão. Não tinha a miníma noção da existência de apenas uma UTI móvel em Piracicaba, aliás, não me lembro de ter pedido uma UTI móvel para o atendimento do cidadão. Reconheço e louvo o trabalho do SAMU, entendo o estresse cotidiano que os seus servidores passam, mas não acho correto uma médica, graduada, sabatinada e juramentada pela ética da medicina me repreender de maneira deselegante sem saber o que estava acontecendo. 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O desrespeito com os artistas na Virada Cultural Paulista em Piracicaba



Material de divulgação da Virada Cultural Paulista-2012
A Virada Cultural Paulista é um evento que visa integrar a cultura em diversos tipos de manifestações artísticas como música, teatro, danças, exposições. O evento fomentado pelo Governo do Estado de São Paulo se espalha por diversas cidades do interior, no qual cada cidade tem a sua programação. Esse ano Piracicaba teve uma programação bem elaborada, com artistas consagrados da música popular brasileira com Simoninha e Max de Castro, Daniel Gonzaga, Marcelo Jeneci, Banda Glória e Mart´nália. 
Paralelo as "principais atrações", o palco 2 do Engenho Central, trazia os "filhos da terra", artistas consagrados de Piracicaba que  elevam o nome da cidade na região e no Brasil, tais como Julia Simões, Mazzaropi Contra o Crime, Banda Rio Grande, Juca Ferreira entre outros artistas que contribuíram para o acontecimento do evento.
Porém não contávamos com a falta de organização de um evento  "tão bem organizado".  Atrasos são toleráveis, falta de bom senso não. - No domingo 20/05 ocorreu atrasos nas apresentações musicais, prejudicando o horário das apresentações seguintes. A atitude tomada pelos organizadores para tentar solucionar o problema diminuiu o tempo da apresentação do palco 2 em beneficio das apresentações do palco 1.Tal atitude chegou ao extremo do desrespeito no ultimo show do palco 2 no qual apresentava-se o sambista Juca Ferreira, que estava marcado para as 17:30h e começou com mais de uma hora de atraso. O artista entrou no palco cantou menos de 10 minutos, quando de maneira abrupta e desrespeitosa o produtor invadiu o palco e pediu para parar o show com a alegação de que o show da Mart'nália estava para começar.  Em protesto o artista questionou a falta de respeito, de bom senso e a maneira autoritária desligaram o seu microfone, gerando indignação ao público presente.
Juca Ferreira- Sambista Piracicabano.
A virada Cultural Paulista de Piracicaba em 2012 nos deixou lições: Respeitar e valorizar o que é patrimônio cultural nosso.  Ano que vem, para que não ocorra esse tipo de indisposição a secretaria da ação cultural pode ser um pouco mais inteligente e pensar em logística mais adequada como colocar palco 1 e 2 em lugares opostos, afinal o Engenho Central é bem espaçoso.
Para finalizar outro ponto a ser questionado é o aproveitamento ilegal de um evento público para a venda de bebidas alcoólicas pelas barracas da festa das nações.  Além de preço elevado os produtos eram de apenas um fornecedor beneficiando o patrocinador de cerveja da Festa das nações e não da Virada Cultural, deixando o público sem opção de escolha, já que era proibido o ingresso de bebidas no evento público, ou seja, houve aproveitamento de um evento em proposição a outro. O que nos resta é lamentar e torcer para que ano que vem a secretaria da ação cultural tenha respeito com os nossos artistas.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Breve análise dos 17 anos de PSDB em São Paulo e a relação do caso Pinheirinho e da lei do piso dos professores.

Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
No dia primeiro de Janeiro de 1995 toma posse o então governador do Estado de São Paulo Mário Covas. Desde então já se passaram 17 anos em que o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) se apodera do Estado mais rico da nação e o mais conservador. Após Covas, passaram pelo palácio dos Bandeirantes Geraldo Alckmin por dois mandatos, José Serra que ficou pouco menos de uma mandato e novamente Geraldo Alckmin em 2011.
Esse breve resgate relembrando essa três figuras serve para analisarmos os interesses implantados por estes ao longo de seus mandatos. Nesse período o Estado passou pelo processo de sucateamento das instituições públicas tornando os sistemas estatais frágeis e mal geridos, tais como os sistemas: educacional, habitacional, segurança, saneamento básico entre outros tantos que nesses 17 anos foram sendo enfraquecidos com a política neoliberal tucana, que tem o principio básico da menor intervenção possível do Estado na Economia, consequentemente gerando uma grande reprodução de capital e concentração de renda para os que possuem os meios de produção, gerando sérios danos sociais para a população.

Tucano

Progressão continuada.
Nesses anos podemos elencar diversas ações controversas aplicadas por esses governantes, tais como o grande número de pedágios nas rodovias, lembrando que o filho do ex-governador Mário Covas é um dos acionistas da Autoban, concessionária que administra o sistema Anhanguera- Bandeirantes que interligam a capital ao interior. Também podemos recordar o sistema de progressão continuada na educação, no qual a presença do aluno na escola o qualifica para o seguinte ano letivo, bastando a frequência, sem qualquer tipo de avaliação da capacidade de aprendizado do aluno, devolvendo para sociedade milhões de analfabetos funcionais que quando muito servirão de exercito de reserva para a indústria. Outro ponto a ser relembrado é o da segurança pública, em 2006 os ataques e o terror do crime organizado nas ruas do Estado comprovaram a fragilidade do sistema, que sem conseguir controlar os distúrbios promoveu um acordo com a facção criminosa para que os ataques cessassem.
Os fatos abordados acima são apenas algumas das ações perversas praticadas por esse partido nesses 17 anos e servem de ligação para entendermos dois fatos importantes que estão ocorrendo atualmente no Estado de São Paulo que é o caso da reintegração de posse da comunidade Pinheirinho em São José dos Campos e da lei do 1/3 da jornada dos professores.
Mães correm com suas crianças.

O primeiro é a ação violenta e desnecessária da polícia sobre uma comunidade que ocupou uma grande área pertencente ao especulador financeiro Naji Nahas, que é acusado de diversos crimes contra a ordem econômica e um dos responsáveis pela quebra da bolsa de valores do Rio de Janeiro em 1989. A reintegração de posse foi feita de forma truculenta por nada mais, nada menos que 2.000 mil homens da polícia militar, que cumpriram a determinação de maneira covarde, provocando terror dentro da ocupação que tinha um grande número de mulheres, crianças e idosos. Do ponto de vista jurídico, político e social a reintegração de posse poderia ter sido feita através do dialogo, tanto que gerou um imbróglio entre o Tribunal de justiça Paulista que deu a ordem de reintegração com o Tribunal de justiça Federal que pediu anulação da reintegração.
Quem?
O segundo refere-se à lei federal do piso que prevê 1/3 da jornada de trabalho dos professores reservadas para os professores prepararem atividades extraclasse e se aprimorarem durante a carreira fazendo cursos como especializações, mestrado, doutorado, melhorando assim os recursos humanos e consequentemente a qualidade de ensino. Outro beneficio desta lei é em relação a saúde mental dos professores, tendo em vista a menor quantidade de tempo em sala de aula, diminuindo os afastamentos médicos, levando em consideração o estresse diário em sala de aula. Sabendo do beneficio dessa lei para o ensino público e a obrigatoriedade do cumprimento o governo de São Paulo de maneira sorrateira inventou uma nova jornada contando as horas aulas por hora relógio, ou seja, passou a contar as aulas por 60 minutos e não mais por 50 minutos como antes, acrescentando esses 10 minutos que “sobravam” para o intervalo em atividades extraclasse. Essa ação só evidenciou ainda mais o descaso do Estado de São Paulo pela educação pública, açoitando de todas as formas os professores e descumprindo uma lei federal e uma ordem judicial.
O que nos deixa preocupado nesses dois casos é o jogo de interesses promovidos em benefício de poucos e prejuízo da maioria. O Estado de direito não está sendo respeitado, as ações truculentas contra as manifestações populares tem se tornado uma constante, colocando em risco o Estado de direito democrático da população paulista.







domingo, 7 de agosto de 2011

Cinema de Domingo

Essa ideia surgiu no facebook onde posto as sextas-feiras “A Canja da Sexta” e a partir de hoje o “Cinema de domingo", espero que todos apreciem e aproveitem, critiquem, comentem, interajam...

E para estrear começamos com o cinema da melhor qualidade, homenageando um cineasta que revolucionou o cinema brasileiro, considerado por muitos como o pai do cinema novo com o conceito de uma câmera na mão e uma idéia na cabeça criou clássicos que nunca serão apagados da memória do cinema nacional, como Terra em transe e Deus e o diabo na terra do sol.

Para relembrar esse bravo cineasta esquecido e marginalizado no Brasil,  nesse mês de agosto 30 anos após a sua morte, a indicação cinematográfica é sobre Glauber, não sobre os seus filmes produzidos e sim sobre a sua história, um documentário muito bem produzido por Silvio Tendler em 2004 no qual nos trás momentos marcantes da vida e obra de Glauber Rocha.

Glauber o filme: Labirinto do Brasil é acompanhado como trilha sonora pelas Bachianas n 5 de Heitor Villa - Lobos que fizeram parte das obras de Glauber Rocha.

Bom filme!

Um abraço do tamanho do Brasil de Glauber Rocha!